O Santos corre contra o tempo e os adversários para tentar a contratação de um novo comandante para 2025. Opções não estavam faltando, mas as alternativas estão convergindo para um só caminho. A volta de Alexi Stival, o Cuca.
Como diz o começo do próprio hino "No Santos pratica-se o esporte...", mas a prática que se viu nas redes sociais foi outra, a do movimento do cancelamento. O jornalismo não pode servir de bandeira para juízes de internet perseguirem inadvertidamente um profissional, seja ele quem for.
É imperativo lembrar que em janeiro deste ano o tribunal de Berna, na Suíça, anulou a sentença que havia condenado o técnico Cuca por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade, durante uma excursão do Grêmio ao país, em 1987.
Em novembro de 2023, a juíza Bettina Boschler reabriu o caso após pedido solicitado pela defesa do treinador. Após analisar os procedimentos do processo entre 1987 e 1990, a magistrada, em função de diversas irregularidades ocorridas no processo de 1989, tendo levado a um “veredito injusto”, reconheceu as razões do técnico e submeteu o processo ao Ministério Público para análise de eventual prescrição.
Quem gosta de futebol se atém apenas ao que ocorre no campo, e com Cuca não é diferente. Com bom currículo de títulos, mas com a sombra do abandono de trabalhos começados.
Apesar de tudo, o treinador tem o sinal verde de uma ala da diretoria, que entre outros pontos, vê como positivo o trabalho com a base. Além das questões financeiras serem as mais adequadas com o momento que o Peixe atravessa.
Torcedor de verdade quer o bem do clube, apoia e critica quando necessário. Setorista esportivo profissional nunca abre mão da imparcialidade.
Se ele foi absolvido, não tem porque essa perseguição nas redes sociais, esse cancelamento de internet é danoso e destrói carreira de quem não deve nada na justiça.